terça-feira, 2 de junho de 2009

O maior "Cantiflas"



















Nascido em meados do século passado, 1950, Morreu em 1993, de câncer, aos 82 anos. Ficou milionário com o cinema, porque seus filmes feitos no México ultrapassaram as fronteiras de seu país e foram vistos em quase o mundo inteiro. Na década de 50, a maioria de suas fitas era dirigida por Miguel M. Delgado e distribuida pela Pelmex. Houve um momento especial do cinema mexicano, quando despotavam Maria Felix, Arturo de Cordova, Pedro Armendariz, entre tantos outros, a fotografia brilhante de Gabriel Figueroa, nos melodramas e dramalhões, que Nelson Pereira dos Santos focaliza em O cinema das lágrimas, filme ruim, mas que vale pelo arquivo de trechos dos típicos filmes realizados na época áurea da cinematografia mexicana.
O personagem de Cantiflas usava a calça muito baixa, uma de suas marcas registradas. Acho que o primeiro filme que vi com ele foi O porteiro (El portero), mas me lembro bem de Sobe e desce, que se passa numa loja de departamento, e O bombeiro atômicoO engraxate, entre outras. De repente, convidado a Hollywood aparece na superprodução A volta do mundo em 80 dias "Around the World in Eighty Days, 1956", de Michael Anderson, numa produção de Michael Tood, que inventou uma lente especial para este filme, baseado em Jules Verne e que possui um elenco cheio de astros e estrelas em pequenas pontas: Frank Sinatra, Marlene Dietrich, Fernandel, etc. Cantiflas faz Passepourt, criado do aristocrático David Niven, que aposta, no seu clube, que seria capaz de dar a volta ao mundo em 80 dias. No itinerário, apaixona-se por Shirley MacLaine (em seu segundo filme ou terceiro, o primeiro, O terceiro tiro, de Hitch), mas esta, no final, entra no clube, que somente os homens podiam entrar, e os quadros caem das paredes, imagem que me ficou, menino que era ao vê-lo. Quatro anos depois Cantiflas foi chamado para outra superprodução,Pepe (1960), dirigida pelo especialista em musicais George Sidney, filme que não existe em DVD nem nos Estados Unidos e cuja cópia em VHS, por rara, tem preço altíssimo.

ALVARINHO de Monção

Poucas palavras, porque o que é bom é beber.
Alvarinho em Casco de Carvalho. Colheita Selecionada.
De aspecto brilhante, de cor amarelo palha. No aroma, nota-se a presença da casta, com evidência de frutos secos em harmonia com a madeira, resultante do seu estágio. Macio, encorporado, persistente e seco. Produção limitada. De Monção.

Festa da Coca

Nas margens do rio Minho onde as veigas verdejantes da Galiza se alcançam em duas braçadas, as gentes minhotas do concelho de Monção mantêm um velho costume que consiste em celebrar todos os anos, por ocasião dos festejos do Corpo de Deus, o lendário combate travado entre S. Jorge e o Dragão. A luta tem lugar no largo do Souto. Perante uma enorme assistência, a coca - nome pelo qual é aqui designado o dragão ! - procura, pesadamente e com grande estardalhaço, escapar à perseguição que lhe é movida por S. Jorge que, envolto numa longa capa vermelha e empunhando alternadamente a lança e a espada, acaba invariavelmente por vencer o
temível dragão.
O dragão é representado por um boneco que se move com a ajuda de rodízios, conduzido a partir do exterior por dois homens e transportando no seu bojo outros dois que lhe comandam os movimentos da cabeça. Depois de o guerreiro lhe arrancar os brincos que lhe retiram a força e o poder, a besta é vencida quando S. Jorge o conseguir ferir mortalmente introduzindo-lhe a lança ou a espada na garganta, altura em que de uma bolsa alojada do seu interior escorre uma tinta vermelha que simula o sangue da coca.
Esta tradição que representa a supremacia do Bem sobre o Mal encontra-se intimamente ligada às lutas travadas pela soberania nacional, sendo notória a utilização dos símbolos portugueses por parte de S. Jorge. Com efeito, este culto foi introduzido no nosso país pelos cruzados que vieram combater nas hostes de D. Afonso Henriques nomeadamente a quando da tomada de Lisboa aos mouros. 

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pensamento de Criança








Ser criança é chorar quando não damos o que querem, é chegar a casa todos sujos de lama.

É o berreiro, as traquinices, as chaves perdidas em casa, porque o menino as escondeu.

Mas no fundo, em cada acto deles sentimos um afecto tão grande.

Não conseguimos ficar zangados, e vamos de mão cheia de carinho para lhes dar.

Não há palavras para descrever uma criança.

Porque todas elas são diferentes.

Mas lá no fundo todas dão nos o mesmo, ALEGRIA.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Meio de Comunicação Indespensável

Para mim o meio de comunicação indespensável é sem duvida a Internet. Hoje em dia tudo anda em torno da Internet, não sei explicar, mas é como um vicio, pelo menos na minha geração notar-se-ia a falta da Internet. Podemos ver um filme, ver as notícias, mandar uns e-mails, falar com alguem que esteja distante, até podemos ver a própria televisão.

No final das contas, são vários meios de comunicação interligados num só. 

terça-feira, 12 de maio de 2009

A Rádio

Entre os meios de comunicação de massa, a rádio é o mais popular e o de maior alcance público, constituíndo-se, muitas vezes, no único a levar a informação para populações de vastas regiões que ainda hoje não têm acesso a outros meios, seja por motivos geográficos, económicos ou culturais. "Este status foi alcançado por dois factores congregados: o primeiro, de natureza fisico-psicológica - o facto de ter o Homem a capacidade de captar e reter a mensagem falada e sonora simultaneamente com a execução de outra actividade que não a especificamente receptiva; o outro, de natureza tecnológica - a descoberta do transitor".

Uma das grandes vantagens da rádio sob o jornalismo impresso é que, além de informar, diverte. Além disso vence a distância sem que o repórter necessite sair do próprio local do acontecimento para transmitir notícias e está ao alcance de todos, inclusivé dos iletrados.

Dos restantes meios de comunicação de massas, a rádio é o mais privilegiado devido às suas características intrínsecas. Entre elas podemos destacar a linguagem oral, a mobilidade, o baixo custo, o imediatismo e a instantaneidade, a sensorialidade, a autonomia e a penetração.

No que se refere à linguagem convém realçar que, na informação radiofónica, ela é simples e caracterizada pela repetição de conceitos de modo a que o ouvinte possa assimilar a ideia que se pretende comunicar. Eliminar o supérfluo para não desvirtuar o significado da mensagem tornou-se um imperativo. Assim, a naturalidade de expressão prevalece em detrimento das palavras confusas e das frases complicadas, isto para que o ouvinte não se sinta forçado a esforços superiores à sua compreensão normal.

Numa emissão informativa todas as mensagens devem estar condicionadas a um ritmo. A harmonia dá-a o locutor que frequentemente utiliza separadores musicais ou ruídos com efeitos equivalentes aos parágrafos. Todo esse mosaico permite uma variedade que corta a monotonia da linguagem e, simultaneamente, retém a atenção do ouvinte. 

Desvantagens da publicidade no rádio

Além dos numerosos benefícios da publicidade no rádio, também é preciso ter em mente algumas desvantagens. Elas podem ser vistas como desafios, cuja maior parte ser superada com um pouco de planejamento e criatividade.

Em segundo plano

Quando ouvimos rádio, em geral, estamos fazendo outra coisa ao mesmo tempo, transformando-o num meio de comunicação de segundo plano. Portanto, os anúncios do rádio têm de ser bem emplogantes para despertar e manter a atenção dos ouvintes.



quinta-feira, 7 de maio de 2009

Matemática: Teorema de Pitágoras


Num triângulo rectângulo cujos catetos medem 3 e 4 metros, a hipotenusa mede 5 metros.V
F
O teorema de Pitágoras aplica-se a qualquer triângulo.V
F

Um triângulo que verifique o teorema de Pitágoras tem dois ângulos agudos.

V
F

Um triângulo cujos lados medem 6, 8 e 10 é rectângulo.

V
F

Num triângulo rectângulo o quadrado da Hipotenusa é igual à soma dos Catetos.

V
F

A televisão

Não é por acaso que foi considerada a caixinha que revolucionou o mundo, nenhum meio de comunicação teve e provavelmente terá a capacidade de movimentar massas, incutir ideias, construir sociedades destruir culturas, formarar e desinformar por lobotomia consensual, mudar a visão que o cidadão tem do mundo, por trazer o Mundo à distância de um click.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O 25 de abril visto tempo depois.

O 25 de abril de 1974 continua a dividir a sociedade portuguesa, sobretudo nos estratos mais velhos da população que viveram os acontecimentos, nas facções extremas do espectro político e nas pessoas politicamente mais empenhadas. A análise que se segue refere-se apenas às divisões entre estes estratos sociais.

Existem actualmente dois pontos de vista dominantes na sociedade portuguesa em relação ao 25 de abril.

Quase todos reconhecem, de uma forma ou de outra, que o 25 de Abril representou um grande salto no desenvolvimento politico-social do país. Mas as pessoas mais à esquerda do espectro político tendem a pensar que o espírito inicial da revolução se perdeu. O PCP lamenta que a revolução não tenha ido mais longe e que muitas das conquistas da revolução se foram perdendo.

De uma forma geral, ambos os lados lamentam a forma como a descolonização foi feita, enquanto que as pessoas mais à direita lamentam as nacionalizações feitas no periodo imediato ao 25 de Abril de 1974 que condicionaram sobremaneira o crescimento de uma economia já então fraca.

Movimentações militares durante a Revolução

No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.

Às 22h 55m é transmitida a canção ”E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que desencadeou a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.

O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”Grândola Vila Morena“, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença , que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.

O golpe militar do dia 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma acção concertada.

No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos de Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. Forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no Porto. O regime reagiu, e o ministro da Defesa ordenou a forças sedeadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não foi obedecido, já que estas já tinham aderido ao golpe.

À Escola Prática de Cavalaria, que partiu de Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria eram comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço foi ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia moveu, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmoonde se encontrava o chefe do governo, Marcello Caetano, que ao final do dia se rendeu, fazendo, contudo, a exigência de entregar o poder ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcello Caetano partiu, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.

A revolução resultou na morte de 4 pessoas, quando elementos da polícia política (PIDE) dispararam sobre um grupo que se manifestava à porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.

Cravo

O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974; Com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, solidários com os soldados revoltosos; alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em seguida todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos para os soldados, que depressa os colocaram nos canos das espingardas.

25 de Abril de 1974

Há 35 anos atrás vários homens e mulheres de coragem reuniam-se no dia 25 de Abril para ultimar o plano que visava recuperar a dignidade da nação e a liberdade de expressão e para fazerem cumprir os direitos que nos cabiam.

Em 24 de Abril de 1974 esses Homens não sabiam o que iria acontecer tantos anos depois, no entanto será que sabendo teriam continuado a achar que valeria ainda assim a pena arriscar centenas de vidas para que viessem a ser encarados com leviandade, para que a sua luta pelas mais-valias fosse vão e para que hoje se fizesse homenagem à sua honra molhando os pézinhos nas águas do Algarve?
Eis parte de um texto que nomeia alguns dos que foram mortos pela PIDE e que ilustra ligeiramente o que os Bravos de Abril de 74 (e dos muitos que lhe antecederam) passaram:

"(...) FORAM MORTOS POR ESPANCAMENTO, A TIRO DE PISTOLA E DE METRALHADORA, TORTURA DA SEDE, ENFORCAMENTO, LANÇAMENTO DAS JANELAS DA SEDE DA PIDE, ESMAGAMENTO DOS TESTíCULOS E (...) DOS MAIS VARIADOS E BRUTAIS MÉTODOS DE TORTURA (...)"
Ora tanto sofrimento, tanta luta, tantos sacrifícios e para quê?

Para hoje metade dos patrões não cumprirem os direitos constituicionais adquiridos? Para que os sindicatos tenham desistido das lutas? Para que o povo tenha caído no poço do marrasmo?

Uma pergunta que gostaria de ter feito ao porta-voz dessas lutas recentemente falecido (Álvaro Cunhal) era se tinha valido a pena, obviamente receando que me dissesse que não.

Acredito que a sua resposta fosse "SIM VALEU CAMARADA!" porque ainda assim muita coisa mudou, mas o que é preciso é que os de hoje não se esqueçam de como e porquê mudou! Que se comemore esta luta no feriado e que se venerem os seus Homens ao invés dos Deuses Sol e Centros Comerciais.

O facto é que liberdade parece muitas vezes não ser sinónimo de democracia. Há vários democratas disfarçados de Salazar ou salazares disfarçados de democratas??? Enfim, teremos mesmo total liberdade de expressão???
Será que o povo é quem mais ordena???Ou aquele que continua a sofrer com as decisões dos democratas disfarçados de Salazar??? A liberdade trouxe tudo de bom e disso não há dúvidas. O pior que antes mandava só um, agora mandam
muitos e ao mesmo tempo. É bom? É mau?

A verdade é muitas vezes os mais velhos chamam por Salazar, porque será?